Assim que o Brasil superou os Estados Unidos e conquistou a Copa das Confederações na África do Sul, em junho, uma cena correu o mundo. Abraçados no centro do campo, os jogadores rezaram e agradeceram a conquista. A cena, tocante para alguns, acabou incomodando pessoas ligadas ao futebol. E pode resultar em uma interferência da Fifa.
De acordo com o jornal espanhol As desta quinta-feira, uma reclamação proveniente do presidente da Federação Dinamarquesa de Futebol, Jim Stjerne Hansen, poderá causar a proibição de manifestações religiosas nos jogos da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.
O dirigente procurou o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e alegou que "a religião não tem lugar no futebol". O suíço concordou: "A expressão de fervor religioso dos brasileiros durou tempo demais e isso acaba causando confusão entre religião e esporte", afirmou Blatter.
O presidente da Fifa está disposto a orientar jogadores, técnicos e árbitros para que qualquer manifestação religiosa durante os jogos da próxima Copa seja punida. A atitude revoltou o Vaticano e o presidente da Fundação João Paulo II pelo Esporte, Eddio Constantini.
"É um erro tentar separar o esporte dos valores éticos que a fé cristã defende há séculos. Blatter e a Federação Dinamarquesa estão errados e espero que eles reconsiderem essa decisão sem cabimento", afirmou Constantini.